02/12/2012

Movimente-se

As fotos de pessoas e objetos em movimento são as minhas preferidas. Gosto de brincar com elas! Nesta série, tenho a impressão que perderam a referência espacial. Algumas perderam ou ganharam linhas que indicam o mínimo de referência. Até a próxima!



25/06/2012





Fotos de uma Nikon P510!!!
Para quem ainda está em dúvida de comprar ou não!

21/04/2012

17/09/2009

Bienal B


Nosso grupo está participando da Bienal B.
A abertura será no dia 22 de setembro de 2009, das 19 horas as 21 horas.
Visitação de terça a domingo a partir das 18 horas.
Local: Entreatro Bar ( Rua da República, 163 - Cidade Baixa - Porto Alegre.

21/07/2009















Arte para andar

Arte para voar

Arte para voltar




08/07/2009

Convite para exposição


Para quem gosta de arte.... estou apresentando meu trabalho, juntamente com uma parceria de artistas em uma exposição chamada FATOR 07+1.
O encontro com os artistas ocorrerá no dia 3 de agosto, às 20h30min, na Pinacoteca. O espaço recebe visitantes de segunda a sexta-feira, das 8h30min às 22h30min, e aos sábados, das 8h30min às 17h. As visitas podem ser agendadas pelo telefone (51) 3584-7148 ou pelo e-mail pinacoteca@feevale.br.
Para saber mais acesse:


28/02/2009


Os escaravelhos e o corpo enquanto fotografia



Os insetos já vêm me dando bastante trabalho. Desde a infância, tenho uma coleção de besouros gigantes, como já havia dito. Eram e continuam cada vez mais fascinantes para mim. Em primeiro lugar pelo seu tamanho, considerando que são apenas insetos e que normalmente os imaginamos em minúsculas criaturas. Em segundo, pela riqueza de detalhes. Não me seria necessário uma lupa para ver e observar suas minúcias.


Os de que eu mais gostava eram os besouros-rinoceronte, que pertencem também à família dos escaravelhos e são animais incrivelmente fortes, capazes de fazer rolar grandes bolas de esterco. Os machos são conhecidos devido aos chifres em forma de forquilhas[1]. O mais raro e utilizado na maioria das minhas fotos é o escaravelho-veado da família dos Lucanus. Foi escolhido por seu aspecto robusto e por sua aparência agressiva considerando que são insetos. Seu aspecto agressivo é motivado por seu par de chifres em forma de grampos. Vigoram questões relacionadas à influência agressiva de sua aparência com a intimidade corporal humana.







Ilustração 1: Besouro-rinoceronte e escaravelho-veado Fotografia
para registro (escaravelhos pertencentes à coleção de insetos)


Alguns eu recolhia em terrenos na cidade do interior, na terra natal de minha mãe. Outros foram presentes de amigos. São de várias espécies e de vários tamanhos. Só mais tarde descobri suas evocações simbólicas no Dicionário de Símbolos: para os egípcios, símbolo da longevidade, da imortalidade ou do sol e de grande significado para os pensamentos da filosofia chinesa, os taoístas[2]. No Egito Antigo, os escaravelhos eram seres sagrados, sendo usados como amuletos relacionados com a vida após a morte e a ressurreição. Eram muito usados nas mumificações para proteger o morto no caminho para o Além.

Assim como o escaravelho servia aos egípcios para representar uma parte do corpo, como o coração posicionado da parte da cabeça, por exemplo, para mim, ele adiciona, complementa e não substitui elementos no corpo humano: contamina e não substitui.

A produção de imagens fotográficas dos insetos em contato com o corpo humano iniciou-se através de uma experimentação com o escaravelho inserido perto de partes íntimas do corpo ou quase nos orifícios deste corpo. Foram cinco registros femininos e outros cinco, masculinos.

Após serem manipuladas digitalmente, as fotografias foram impressas sobre acrílico espelhado, na forma de um pentágono medindo 26,5 cm nos seus cinco lados. Mais tarde, constituiriam as faces internas de uma peça que se caracteriza em um dodecaedro.

A experiência fotográfica foi realizada com a ajuda do sol. Os corpos eram acomodados em uma cama à luz do sol, que entrava pela janela. O escaravelho era colocado sobre os corpos humanos e, então, eu procedia ao registro das imagens. O inseto, símbolo do Egito aparecia em pinturas, em monumentos, templos e túmulos dos antigos egípcios. Para eles, o comportamento de rolar seus ovos envolvidos numa pequena bola de esterco era muito semelhante ao movimento do Sol[3], Lembrando que:


Khepri era da classe dos deuses egípcios associados com um animal
particular. Nas iconografias aparece em forma humana com o escaravelho situado
em lugar de sua cabeça. [...] O nome significa o escaravelho ou aquele que
surge. Divindade solar cujo culto menciona-se nos textos das pirâmides. A
renovação e renascimento associados com o escaravelho também entram em jogo
aqui. Khepri renova o sol cada dia antes de rolar ele acima do horizonte e
carrega-o com segurança através do outro mundo após o pôr do sol para renová-lo
no dia seguinte.
[4]


Ilustração 2: Representação de Kheper[5].
Kheper é geralmente representado como um homemcom cabeça de escaravelho.



Nesse caso, o inseto simbolizava o deus Khepra (escaravelho, em egípcio). Em outras situações, o coração era representado por uma peça simbolizando um escaravelho, pois o coração era o único órgão da múmia egípcia que não podia ser conservado.


É compreensível querer este forte símbolo como uma possibilidade de inserção no corpo humano. Querer o escaravelho no corpo alheio proporciona-me uma sensação de abjeção que procurava nas minhas intervenções com o adesivo da imagem da barata.

As relações entre meus registros fotográficos e esta simbologia estão na inserção do mesmo inseto no corpo e sua representação.





Ilustração 3: Disposição das fotografias dentro da Peça Dodecaedro, 2008. Imagens fotográficas para impressão digital sobre acrílico espelhado. Cada pentágono mede 26,5 cm em cada lado.


As relações entre inseto e corpo certamente vêm em parte da leitura na minha adolescência de A Metamorfose, de Franz Kafka. O tema da história ajuda-me a explicar uma disjunção no sistema estabelecido, no que é entendido como seguro e passa para um estágio de incertezas. Logo no início da trama, o autor coloca a nova situação de Gregor Samsa (um caixeiro-viajante que se transforma em um inseto monstruoso):



Estava deitado sobre suas costas duras como couraça e, ao levantar um pouco a
cabeça, viu seu ventre abaulado, marrom, dividido por nervuras arqueadas, no
topo do qual a coberta, prestes a deslizar de vez, ainda mal se sustinha. Suas
numerosas pernas, lastimavelmente finas em comparação com o volume do resto do
corpo, tremulavam desamparadas diante dos seus olhos.
[6]

A leitura da obra de Kafka me fez pensar na percepção corporal como refém de uma transformação artrópode. Vemos na trama uma consciência tragada por um corpo que lhe é estranho, um corpo antinatural.

Em nenhum momento da história o autor define em qual inseto o caixeiro viajante se transformou, porém, creio - na verdade eu desejo - que seja uma gigantesca barata pela minha experiência com a imagem dela. Entretanto, os escaravelhos inertes no corpo se caracterizam também como antinatural para a intimidade.

As fotografias foram realizadas com uma máquina digital compacta. Pois, para o que eu necessitava, não era preciso nenhum equipamento especial: apenas um tripé e a máquina fotográfica com sua programação já estabelecida e suficiente para minha intenção. As imagens não deveriam ficar totalmente nítidas, e a função macro não deveria ser muito precisa. Descobri suas potencialidades que me bastariam para a utilização do aparelho.

Neste momento de meu trabalho, esta utilização se caracterizou em uma junção entre as propriedades programáticas do aparelho e minha intenção. Segundo Flusser, o aparelho, além de conter suas capacidades programadas, funciona, efetiva e curiosamente em função da intenção do fotógrafo[7]. Para o autor, “o fotógrafo escolhe, dentre as categorias disponíveis, as que lhe parecem mais convenientes”[8]. Ainda salienta que, neste sentido, a própria escolha do fotógrafo funciona em função do programa do aparelho.

As fotografias foram obtidas digitalmente e foram manipuladas no computador. Segundo Lúcia Santaella[9] antes de ser uma imagem visualizável, a imagem infográfica é uma realidade numérica, composta de pequenos fragmentos discretos ou pontos chamados pixel, que é possível de localizar, controlar e modificar.

No computador, as fotos foram convertidas para preto e branco e com o contraste aumentado. Desta maneira, a partir do artifício de aumentar o contraste entre as imagens, restariam áreas brancas completamente sem impressão. Neste sentido haveria um favorecimento do reflexo, mais tarde quando impressas sobre o acrílico espelhado. Os tons de cinza cederiam lugar para o branco ou para o preto dando oportunidade de espaços de reflexo.

Durante a manipulação digital, procurei não deixar evidente a parte da intimidade corporal nas imagens de registro. O inseto nos é bem claro e definido, porém me preocupei em disfarçar o lugar de inserção do escaravelho. Portanto, confiar na autenticidade das fotos como índice[10] nas minhas experiências seria ingenuidade. Depois da impressão sobre o acrílico espelhado, as imagens mantêm pouca relação com o corpo. Então que importância isso tem? Esta resposta certamente dependerá de como o espectador encara esta experiência de adentrar a peça construída. Segundo Couchot,

O pixel é a expressão visual, materializada na tela, de um
cálculo efetuado pelo computador, conforme as instruções de um programa. Se
alguma coisa pré-existe ao pixel e à imagem é o programa, isto é, linguagem e
números, e não mais o real. Eis porque a imagem numérica não representa mais o
mundo real, ela o simula. Ela o desconstrói, fragmento por fragmento, propondo
dele uma visualização numérica que não mantém mais nenhuma relação direta com o
real. Nem Física, nem energética.
[11]

Porém, sabemos que em uma câmera digital há uma correspondência entre o pixel e a imagem fotografada. A luz sensibiliza um sensor que converte a luz num código eletrônico digital. Uma coisa é certa, o registro foi idealizado a provocar um pouco de imaginação, suspense e abjeção quando sabemos que o corpo em sua intimidade serviu de suporte para este experiência.

Foram convidados dois modelos: um masculino e outro feminino. Os insetos deveriam estar em certas partes destes corpos. As fotos foram alteradas para o preto e branco por dois motivos. Um deles já mencionado, pelo reflexo obtido somente nas partes completamente brancas que não recebem impressão de tinta, e o outro porque a fotografia em preto e branco facilitou-me a abstração do corpo humano.

O resultado de ausências de vestígios, neste caso em especial, foi mais fácil de disfarçar elementos do corpo. Flusser descreve sobre a utilização do preto e branco em seu livro A Filosofia da Caixa Preta, dizendo que a fotografia em preto e branco é mais fácil de ser decodificada:


As fotografias em preto-e-branco são a magia do pensamento teórico,
conceitual, e é precisamente nisto que reside seu fascínio. Revelam a beleza do
pensamento conceitual abstrato. Muitos fotógrafos preferem fotografar em
preto-e-branco, porque tais fotografias mostram o verdadeiro significado dos
símbolos fotográficos: o universo dos conceitos.
[12]

Além da cor, o enquadramento fotográfico e a disposição das faces impressas também facilitam a ausência de referências corporais.

Estas imagens que resultaram de uma experiência de registro fotográfico agora farão parte de uma nova conjuntura - uma peça de imersão num novo universo de contaminação, proliferação, rebatimento e novas sensações espaciais, que estas imagens em seu novo contexto visam promover.

Outras registros fotográficos desta experiência:










[4] SAKALL (Org.), 2008.
[5] Fonte da ilustração: http://www.girafamania.com.br/africano/materia_egitoescaravelho.html
[6] KAFKA, 1997, p. 7.
[7] FLUSSER, 2002, p. 22.
[8] Ibidem, p. 31
[9] SANTAELLA, 1998, p. 167.
[10] Sobre índice: DUBOIS, 1998, p. 45.
[11] COUCHOT, 1993, p.42.
[12] FLUSSER, 2002, p. 39.


15/12/2008

O CORPO EXPRESSIVO COMO MEIO DE COMUNICAÇÃO (para empresas)













Partindo-se do princípio de que toda pessoa tem um potencial perceptivo, imaginativo e crítico não suficientemente explorado, procurou-se destro da unidade momentos que visassem explorar e desenvolver tal potencial. A conscientização e aprimoramento da percepção sensorial, da imaginação e da criatividade possibilitam uma expressividade crescente, que, num dado momento, requisita uma comunicação mais eficiente, mais facilmente atingível pelos exercícios dramáticos.


O teatro é o instrumento mais próprio para o desenvolvimento da comunicação verbal, oral ou escrita, sem prejuízo das outras, pois teatro é, na verdade, a expressão total do ser humano.

PROPOSTA: curso dinâmico e prático através de técnicas de formação de ator para o teatro, onde será resgatado o potencial criativo de expressão; performance pessoal e a capacidade de comunicação dos funcionários da empresa.

OBJETIVOS: desenvolver a capacidade de expressão, a espontaneidade; a criatividade a observação e percepção; possuir consciência corporal; controlar as emoções; estimular a comunicação expressiva; revitalizar o sentido do grupo e integrar conhecimentos.

JUSTIFICATIVA: Partindo-se do princípio de que toda pessoa tem um potencial perceptivo, Imaginativo e criativo e que estas qualidades são fundamentais dentro de uma empresa onde prima pelo crescimento, não suficientemente explorado, procurou-se destro da unidade momentos que visassem explorar e desenvolver tal potencial. Conscientização e aprimoramento da percepção sensorial, corporal, vocal, da imaginação e da criatividade possibilitam uma expressividade crescente, que, num dado momento, requisita uma comunicação mais eficiente, mais facilmente atingível pelos exercícios dramáticos. O teatro é o instrumento mais próprio para o desenvolvimento da comunicação corporal e verbal, sem prejuízo das outras, pois teatro é, na verdade, a expressão total do ser humano. Não se pretende com o curso que funcionários aprendam a dramatizar ou interpretar uma personagem e sim através dos jogos que envolvem a formação de atores, os funcionários tenham excelência na comunicação interpessoal.

Alguns registros fotográficos de uma oficina para colaboradores interno do Canoas Shopping (diretoria, mkt, rh, administração, equipe de atendimento, segurança e limpeza).









11/12/2008

Banca





Banca: 09 de dezembro de 2008





































O trabalho IN(TRO)SETO: Uma poética entre proliferações e contaminações, foi defendido no dia 09 de dezembro de 2008 na Pinacoteca do Centro Universitário Feevale. Participaram da banca Clóvis e Rosana, e como orientação Glaucis de Moraes, todos professores da instituição.